Exercício físico: bicho de uma cabeça só

“Quem não tem o hábito de se exercitar e faz isso de vez em quando, em um sábado ou domingo qualquer, acaba se sentindo cansado, exausto. A vontade de repetir nem sempre vem. (…) O organismo tende a brigar contra a mudança de comportamento, gerando mais fome, preguiça, cansaço e até mau humor”.

Trecho do livro Sua Vida em Movimento, de Marcio Atalla

E assim eu me senti durante muitos anos de minha vida: sem vontade de passar do começo. Resolvi escrever esse texto na esperança de incentivar algum leitor sedentário, como eu era há alguns meses, a começar a fazer um esporte. Se ajudar uma pessoa já valeu a pena.

Sem nenhum conhecimento técnico, vou dizer como comecei:

1- Descia para a academia, ligava a TV e caminhava 30 minutos. Quando falo caminhar é caminhar mesmo, sem derrubar uma gota de suor. Saía da esteira aparentemente igual a como entrei, só que com o corpo latejando e um pouco cansada. Tentava fazer esse exercício pelo menos 3 vezes na semana.

2- Depois de algumas semanas fazendo isso, meu corpo se acostumou e senti que já podia forçar um pouco sem desanimar. Comecei a andar mais rápido e depois a correr de 2 em 2 minutos, completando 6 minutos ao todo. Eu não podia acreditar que estava correndo sem me sentir mal!

3- Aí, a esteira começou a ficar entediante, assim como os programas de TV. Como já me conheço e sei que esse era o maior motivo para eu parar por alí, mudei da esteira para o transport (elíptico), que me cansa muito mais e, por incrível que pareça, em vez de ter vontade de parar, me senti desafiada.

4- Meu namorado pula corda e quis aprender também. Achei legal a ideia de um exercício que te emagrece e é praticado em 15 minutos. Faz umas 2 semanas que comecei e parece um vício, e usar a palavra “vício” em uma frase relacionada a exercício físico não sairia da minha boca há uns meses. O processo de começar bem devagar, no meu ritmo, foi essencial para eu passar do item 1 e chegar até aqui, o que parecia muito distante.

Hoje faço o seguinte: pulo 15 minutos de corda, faço 15 de esteira ou transport e fecho com 5 minutos de corda. Depois, nos finais de semana, dou uma caminhada com meu cachorro para relaxar. O que descobri sobre mim é que cada um tem um estímulo diferente e eu tive de encontrar os meus. Não faça nada que te desagrade, senão você não vai continuar. Além disso, você tem de encontrar um sentido para aquilo que faz e para isso, mais uma vez recomendando, o livro de Marcio Atalla me ajudou muito.

Roberta

  • Ró, parabéns pelo post e pela iniciativa, comigo foi por aí! Quando me vi com 68kg, resolvi que era hora de acender o sinal vermelho. Voltei pra dança de salão (que é algo que eu amo, mas não emagrece rapidamente) e depois de uns meses fui numa nutricionista e entrei na academia.
    Quando perdi 4kg, o corpo já estava acostumando e resolvi começar também a correr. Veja bem, eu ODEIO correr, mas achei que poderia aprender a gostar. Para isso, pesquisei um pouco, montei um plano de corrida também sem nenhum conhecimento técnico e me inscrevi no Circuito das Estações da Adidas, na prova de 5Km. Também baixei uma playlist de “running songs” pra me estimular e passei a treinar diariamente no Jardim de Alah (eu me conheço também e sei que se eu não tivesse um lugar inspirador eu acabaria desistindo).
    A cada treino eu já evoluía um pouco mais e isso foi me animando, e o fato de eu ter uma meta (completar a corrida) não me deixou desistir. A prova foi ontem e eu consegui cruzar a linha de chegada tão feliz que nem olhei o tempo que fiz.
    Sei que hoje eu tenho 8Kg a menos que quando “tomei vergonha na cara”, me sinto muito mais saudável e quero continuar correndo, embora ainda não ame o esporte!! Rs
    Mas é como um amigo meu (que é triatleta) me disse: “correr é que nem cerveja, você no começo nunca gosta, mas depois vicia”.

    Pois… estou tentando acreditar nisso! Hehehe Que venha o vício! :)

    • Que legal, Nanda!!
      É bom saber que o incentivo e a vontade estão em nossa mente. Significa que tudo é possível!
      Obrigada pelo seu depoimento!!
      Beijos,

  • Ah, claro, foi Nanda Cruz Rios o “anonymous” rsrs esqueci de me identificar!

  • Roberta, estava aqui procurando algum relato que pudesse ser semelhante ao meu drama: comecei a fazer elíptico mas quando da 15 minutos estou muito cansada e entediada demais pra ficar. Percebo que suo bem mais com ele e quero continuar, mas ta difícil inspiração kkkk
    Isso passa? Partilhe comigo sua experiência ou de quem mais quiser, verdadeiramente, ajudar.

    Bjus, Milena

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